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2002 |
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AMIGOS DA
PAGAIA
Alguns canoítas frquentadores do Fórum Amigos da Pagaia,
visitaram o Polge de Minde em 01 de Dezembro de 2006, e
deixaram-nos estas fotos, este relato, e um vídeo.
Obrigado, grandes Amigos !! |
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RELATO DE AC / AMIGOS DA PAGAIA
Desta vez a típica discussão prévia a cada saída feita no
fórum não era sobre o sitio, quem ia ou não, se era ida e
volta, os km, não…era sobre algo estranho…se havia ou não
àgua…isso mesmo…íamos fazer uma saída de canoagem e
estava-se a discutir se haveria água ou não para
pagaiar…esta era nova
Bom depois de um impasse entre vai ou não vai, espera-se por
mais água ou não, uma voz decisória de “eu vou” arrastou mais
uns quantos e na sexta-feira lá embicamos as pontas dos kayaks
para Minde.
Contava-mos com a ajuda de 2 canoistas locais, o José Manuel
Micaelo e o Rui Gonçalves, que iam fazer de cicerones e
guiar-nos pela “mata de Minde” em busca das suas maravilhas.
Ao chegar um cenário idílico, era realmente uma “mata” com
água…árvores, caminhos, recantos escondidos, tudo acessível
com o kayak…maravilha.
Esta passeata era atípica até na distância, que não se
adivinhava ser muita, sendo o principal atractivo o poder
pagaiar pelo meio da vegetação e das árvores meio submersas.
Assim, os preparos foram decorrendo sem pressas, e o arranque
foi lá pelas 11 horas.
Os primeiros metros foram de grande entusiasmo, um embate com
uma paisagem que pedia uns momentos de contemplação, uma
encosta muito escarpada com cores próprias que acabava numa
lagoa apinhada de árvores e vegetação…
Uma grande animação enquanto se dava as primeiras voltinhas,
fazendo os primeiros de muitos slalons entre a vegetação.
Aos poucos o grupo lá se foi reunindo para continuar o passeio
guiados pelos nossos cicerones. Embora fossemos todos no mesmo
sentido dava para cada um escolher a sua rota, cortando por
entre a vegetação à esquerda ou à direita, embora com algum
cuidado pois muita desta vegetação é composta por
“espinheiras” e os espinhos não eram brincadeira.
O passeio foi decorrendo animado entre conversas e paragens
para dar tempo aos olhos de absorverem a paisagem envolvente.
Chegando a uma das pontas da lagoa devido as voltas e voltas
pela vegetação que ali era mais abundante, o grupo dividiu-se
em 2, ficando um grupo com o José Micaelo e outro com o Rui
Gonçalves, mas todos sabiam que o objectivo era ir até à
nascente.
Passou-se por caminhos, que de verão são feitos de BTT, por
cima de vedações, por cima de poços, enfim, um cenário poucas
vezes disponível para pagaiar.
Voltas e mais voltas, zig zags quanto bastem é lá se deu com o
rio. Os que puderam toca de subir para o foto finish afinal só
quando há pedras a barrar o caminho e que um AP volta para
trás (isto enquanto não puserem o kit de lagartas nos kayaks).
Dada a volta, quer dizer, deixando ir a embarcação de marcha
ré corrente a baixo já um grupo de preparava para voltar
quando chegou o outro. Foi feito um compasso de espera para
quem quisesse ir com o kayak mesmo a boca da nascente. Nesse
compasso aproveitou-se para se saio dos kayaks e esticar as
pernas.
Com o grupo novamente todo junto, lá se foi dando mais umas
voltas (sim porque por ali caminhos a direito não têm piada
nenhuma) que nos foram encaminhando para a chegada, mas mesmo
assim ainda houve no percurso para fazer uma das passagens
mais bonitas (ok tirando algumas silvas que por lá havia).
O José Micaelo seguia à frente, o barco de fibra maior e mais
largo com o gajo mais pesado seguia a trás, o resto de grupo
ficava a espera de noticias, afinal passa-se ou
não….resposta…se eu passo todos passam…toca a andar…e cuidado
com as silvas…que a água é pouca…
Depois com o caminho mais livre foi uma galhofa pegada até
chegarmos à rampa de onde saímos.
Bom chegamos, agora o que há a fazer já não é novidade…arrumar
tudo que ainda tínhamos planos para o resto da tarde.
Despedimo-nos e agradecemos aos nossos cicerones, depois rumo
ao Paul do Boquilobo.
Até um certo sítio alguém sabia o caminho, dai para a
frente…pois…alguma fé, algum GPS à mistura, um ou outro
engano, estradas com troços alagados, outras cortadas (não
sabemos bem porque, afinal toda a caravana conseguiu passar,
ainda bem que não ligamos peva ao corte da estrada e passamos
pelo lado…), sempre com o jipe a abrir caminho o que aumentava
o grau de confiança, se fosse preciso havia socorro por perto.
Insistindo pelas estradas alagadas lá chegamos ao nosso
destino, depois de uma curva o edifício do INCN, mais a frente
uma carrinha e uma mota, raios guardas…
Eleito um representante a força, lá foi dar meia dúzia de
dedos de conversa para ver em que paravam as modas…o passeio
terminava antes de começar..a ver vamos…
O resto do pessoal não aguentando mais a fome que as horas já
eram de lanche, e o cheiro do frango assado que traziam no
carro tratou de abancar e de abrir as hostilidades ao frango.
Resultado da conversa, andar até podíamos que eles iam-se
embora, mas que não valia a pena, lá isso não valia. Ficamos a
saber que infelizmente aquilo não passava de um embuste, não
havia por ali nada para se ver (a não ser uns pombos de vez em
quando) nada de lontras, nade de aves, enfim, íamos remar
apenas pela vegetação…bolas isso acabamos nós de fazer, ainda
por cima a horas iam passando e como infelizmente nesta época
às 17 h já é noite…foi consensual, vamos mas é para casa.
Despedimo-nos uns dos outros e pusemo-nos a caminho, mais um
dia se tinha passado a fazer uma das actividades que mais
gostávamos.
AC (António Carlos) in
Amigos da Pagaia |
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